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Mastectomia dupla não aumenta a sobrevida no câncer de mama, indica estudo

16 de setembro de 2014 (Bibliomed). A mastectomia dupla preventiva ou profilática foi recentemente o centro de uma discussão polêmica, após a atriz  Angelina Jolie, em 2013, anunciar anunciou que tinha sido submetida a uma dupla mastectomia preventiva por causa de um forte histórico familiar de câncer de mama e de ovário. Ela também tinha um positivo para a mutação genética BRCA1, que aumenta o risco de câncer de mama.

A cirurgia radical está associada a custos mais elevados, recuperação mais prolongada e maior risco de complicações. Ainda assim, cada vez mais mulheres com câncer de mama em estágio inicial estão optando por ter ambos os seios removidos como medida de precaução, embora a dupla mastectomia não forneça nenhuma vantagem de sobrevida aparente, segundo um novo estudo publicado na revista JAMA _ Journal of the American Medical Association. O estudo acompanhou  a maioria das pacientes durante pelo menos sete anos.

Usando informações de um registro de câncer do estado americano da Califórnia, os pesquisadores analisaram  a sobrevivência após uma dupla mastectomia, a terapia de conservação da mama (chamada lumpectomia, ou retirada apenas do nódulo) associada a radioterapia, e mastectomia simples (retirada de um seio) em mulheres que tiveram câncer precoce em uma mama. O registro não incluiu a informação genética que poderia ter indicado o aumento no risco de câncer de mama de cada paciente.

Rastreamento de dados de saúde em mais de 189 mil pacientes de câncer de mama na Califórnia, os pesquisadores descobriram que o número de mulheres que optam pela dupla - mastectomia saltou de 2 por cento em 1998 para 12,3 por cento em 2011. Um terço das mulheres com menos de 40 anos optou por uma dupla mastectomia em 2011, comparado com menos de 4 por cento no início do estudo, segundo os pesquisadores.

Verificou-se que as taxas de mortalidade pelo câncer foram semelhantes para as mulheres que tiveram os dois seios retirados e aquelas que optam por uma cirurgia conservadora.

Fonte: JAMA, September 2014

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