O racismo pode ter influências negativas sobre a saúde das crianças, mostra estudo apresentado no 2017 Pediatric Academic Societies Meeting, que ocorreu de 06 a 09 de maio de 2017 em São Francisco, nos Estados Unidos.
O estudo envolveu dados de 95.677 crianças do 2011-2012 National Survey of Children’s Health, objetivando descrever a relação entre as situações de racismo e a saúde infantil. Foram realizadas análise de pontuação de propensão, comparando a exposição à discriminação com raça/etnia, sexo, idade, status socioeconômico e estrutura familiar, e uma modelagem de equações estruturais, examinando a saúde mental e a saúde em geral.
Os resultados mostraram que, em comparação com o grupo de controle, a qualidade geral de saúde das crianças que sofreram racismo foi 5,4% menor, e os casos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) aumentaram 3,2%. Crianças de classes socioeconômicas mais baixas eram mais afetadas pelo racismo do que as crianças de mesma raça/etnia vindas de famílias com melhores condições financeiras.
Crianças de minorias tinham maior probabilidade de sofrer discriminação racial, além de apresentarem maior propensão a ansiedade e depressão, pior saúde geral e probabilidades muito mais elevadas de TDAH.
Fonte: 2017 Pediatric Academic Societies Meeting, 06 a 09 de maio de 2017, São Francisco, Estados Unidos.