Médicos dinamarqueses desenvolveram um “ovário artificial” a partir de tecidos e óvulos humanos que poderiam ajudar as mulheres a terem filhos após a quimioterapia e outros tratamentos médicos que podem prejudicar sua fertilidade.
Apresentado na 34ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que ocorreu de 1 a 4 de julho de 2018 em Barcelona, na Espanha, o estudo mostrou que um ovário feito em laboratório pode manter os óvulos humanos vivos por semanas, o que poderia ser usado para ajudar as mulheres a terem filhos após tratamentos severos como quimioterapia ou radioterapia para câncer.
O ovário foi projetado a partir de células em estágio inicial que foram capazes de desenvolver folículos ovarianos funcionais. Os folículos ovarianos são estruturas que contêm os óvulos da mulher. Os pesquisadores do University Hospital of Copenhagen Rigshospitalet retiraram células de um ovário doado e transferiram-nas para um tecido-base de colágeno. Depois, a estrutura foi implantada em ratos, onde um quarto deles sobreviveu por pelo menos três semanas. Durante esse tempo, os vasos sanguíneos começaram a crescer em torno do ovário para mantê-lo nutrido.
Apesar dos resultados promissores, os cientistas acreditam que serão necessários de cinco a dez anos até que os ovários artificiais estejam prontos para testes em seres humanos, mas mostram-se otimistas, acreditando que os ovários artificiais podem ser uma alternativa mais segura ao procedimento atual para preservar a fertilidade após tratamentos médicos rigorosos. Então, quando eles têm o líquido todo, o tecido é colocado de volta e as mulheres podem ter bebês naturalmente.
Fonte: 34ª Reunião Anual da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, 1 a 4 de julho de 2018, Barcelona, Espanha.
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