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Material a ser analisado: líquido obtido por punção da cavidade abdominal.
Objetivos do exame: estabelecer a causa de acumulo de líquido anormal, no
abdômen, cuja presença tenha sido determinada pelo exame físico ou radiografia. Como
tratamento, retirar o líquido do abdômen, o que diminui a sensação incomoda, restaura
o apetite e melhora a função gastrintestinal.
Confiabilidade do exame: boa.
Tempo gasto para obter o material: 5 a 20 minutos.
Preparação do paciente: Jejum de sólidos e de líquidos, durante pelo menos 12
horas. O paciente deverá esvaziar sua bexiga imediatamente antes do exame.
Tempo necessário para obter resultados: 24 a 72 horas.
Técnica usada: É possível determinar a causa da ascite (acúmulo de líquido, nos
espaços, entre os tecidos e órgãos do abdômen), analisando se a composição química
do líquido.
Por exemplo, a presença de bactérias ou de grandes quantidades de células
inflamatórias, pode demonstrar a presença de uma infecção, enquanto que, o sangue na
ascite, pode ser causado por um trauma, ou câncer. Em algumas ocasiões, podem se
observar células cancerosas, nos exames de líquido ascítico.
Método utilizado para obter resultados:
O paciente é colocado em decúbito dorsal, e após uma pequena anestesia local, é
inserida uma agulha, através da pele do abdômen. Mediante a orientação de uma
tomografia ou de uma ultra-sonografia, a ponta da agulha é direcionada até o líquido
acumulado, do qual se extrai uma amostra, ou uma quantidade maior, para promover um alivio
da tensão.
Alguns tubos são enviados ao laboratorio de patologia e outros para cultura
bacteriológica e exame químico.
Resultados: A coagulação do líquido pode indicar uma infecção bacteriana, enquanto
que o líquido sanguinolento pode ser causado por câncer ou inflamação do pâncreas.
Um valor elevado de proteínas, no líquido ascítico, pode significar infecção, ou
câncer; níveis de glicose correspondentes a menos da metade dos níveis plasmáticos
podem indicar uma infecção; uma concentração alta de amilase (enzima secretada pelo
pâncreas), indica doença pancreática; e níveis altos de células leucocitarias, podem
ser conseqüentes a infecção, câncer, ou infamação do pâncreas.
Fatores que podem alterar os resultados: As cicatrizes abdominais, ou mais
especificamente, as aderências a distintas vísceras, podem seqüestrar o líquido e
tornam difícil a obtenção de uma amostra. Bílis, urina, fezes ou sangue do local da
punção ou dos vasos sanguíneos pode interferir na análise da amostra.
Precauções: Logo após o término da punção, deve se aplicar uma leve pressão sobre o
local puncionado. Caso persista a drenagem de líquidos, o paciente deve permanecer em
repouso na cama, até que cesse a saída de líquidos. Devem ser controlados os sinais
vitais durante as três horas subseqüentes. Quando houver uma retirada muito grande de
líquido ascítico, o controle da pressão arterial deverá ser prolongado por mais tempo.
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