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Pobreza aumenta risco de apendicite grave em crianças

21 de março de 2022 (Bibliomed). Crianças que vivem em bairros com escolas e moradias de baixa qualidade, alta criminalidade e oportunidades econômicas limitadas são mais propensas a desenvolver apendicite complicada, mostrou estudo realizado Lurie Children's Hospital, nos Estados Unidos. A apendicite é uma condição dolorosa causada pela inflamação do apêndice, uma bolsa fina que se projeta do cólon no lado inferior direito do abdômen.

Cerca de 70% das crianças com apendicite têm o que é chamado de apendicite aguda e não complicada, que pode ser tratada com antibióticos; em muitos casos, porém, a remoção cirúrgica do órgão pode ser necessária. Os demais casos da doença envolvem apendicite complicada, que ocorre quando a bolsa desenvolve um pequeno orifício devido ao acúmulo de líquido e se infecta. Se não for tratado, o fluido do apêndice pode vazar para a cavidade abdominal, o que significa que bactérias potencialmente nocivas podem se espalhar para outros órgãos, levando a complicações de saúde potencialmente graves, incluindo peritonite, que é uma infecção da parede abdominal que pode causar danos ao fígado e aos rins, entre outros problemas.

Os pesquisadores analisaram dados de quase 67.500 crianças diagnosticadas com apendicite em todo território dos EUA entre 1º de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2018. Mais de 31.000, ou 46%, dos casos de apendicite incluídos foram "complicados", e 48% dos pacientes no estudo estavam em Medicaid ou outras formas de seguro público para aqueles que vivem na pobreza. No geral, pessoas com 18 anos ou menos que vivem em bairros mais pobres tiveram um risco 28% maior para a forma mais grave da condição comum em comparação com crianças de áreas mais ricas.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.48865.

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