Artigos de saúde
Desde 1990, quando foi recomendada pelo National
Institutes of Health (NIH) Consensus Development Conference, nos Estados Unidos, a
cirurgia conservadora da mama com câncer inicial (estágio I) cresceu de 35% nos 5 anos
anterior à conferência para 53% nos 5 anos seguintes. É o que afirma estudo publicado
na revista Câncer de 15 de agosto de 1999, conduzido pelo Dr. Lazovich e colaboradores,
da Universidade de Minnesota.
Neste estudo, foram avaliados dados de 9 centros regionais de controle do câncer
inseridos no programa Surveillance, Epidemiology, and End Results (SEER). Um total
de 109.880 mulheres com um diagnóstico de câncer de mama no estágio I (câncer
localizado na mama) ou II (câncer na mama de 2 a 5 cm de diâmetro, com ou sem
acometimento da região da axila), entre 1983 e 1995, foram incluídas no estudo. Os 9
centros regionais foram identificados como Connecticut, Hawaii, Iowa, Novo México,
e Utah; e as áreas metropolitanas de Atlanta, Detroit, São Francisco-Oakland, e
Seattle-Puget Sound.
Os dados desta pacientes foram avaliados para determinar se a cirurgia conservadora da
mama ou a mastectomia foram usadas e, entre aquelas que tiveram cirurgia conservadora, se
a terapêutica com irrradiação era usada à seguir. Os resultados também foram
analisados para determinar qualquer variação por fase da doença, idade e raça da
paciente, e região geográfica.
Antes de 1990, Iowa teve o menor índice de cirurgia conservadora da mama (13%), e a
região de Seattle-Puget, o mais alto (34%). Depois da conferência, Iowa permaneceu como
o menor índice, (27%) e Connecticut ultrapassou Seattle-Puget Som como o mais alto (56%).
Durante este período, a cirurgia conservadora aumentou a cada ano, e em 1995, 60% das
mulheres com cânceres na Fase I e 39% das mulheres com tumores na Fase II receberam a
cirurgia conservadora.
Não ocorreu mudança significativa no número de mulheres que receberam terapêutica de
irradiação no pós-operatório. Setenta e três por cento das mulheres recebeiam esta
terapêutica antes de 1985. A porcentagem de mulheres que receberam a terapêutica de
irradiação no pós-operatório aumentou só para 82% depois da Conferência de 1990 -
este pequeno aumento pode ser atribuível ao fato de que este tratamento já era
amplamente utilizado antes de 1990.
Fonte: Câncer 1999 Aug 15;86(4):628-37.
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