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Comer demais pode dobrar risco de perda de memória

14 de fevereiro de 2012 (Bibliomed). Além de aumentar o peso e poder causar incômodos no intestino e estômago, comer demais pode levar à perda de memória. Segundo pesquisadores da Clinica Mayo, nos Estados Unidos, consumir entre 2.100 e 6.000 calorias por dia pode dobrar o risco de perda de memória ou a um comprometimento cognitivo leve (MCI) nas pessoas com mais de 70 anos. O MCI é o estágio entre a perda normal de memória que vem com o envelhecimento e a doença de Alzheimer precoce.

"Observamos um padrão de dose-resposta, que significa simplesmente, que quanto maior a quantidade de calorias consumidas a cada dia, maior o risco de MCI", diz o autor do estudo Yonas Geda.

O estudo envolveu 1.233 pessoas com idades entre 70 e 89 anos e livres de demência. Destes, 163 tiveram MCI. Os participantes relataram a quantidade de calorias que ingeriam, entre comidas e bebidas, em um questionário alimentar e foram divididos em três grupos iguais com base em seu consumo calórico diário: um terço grupo entre 600 e 1.526 calorias por dia, outro entre 1526 e 2143, e o terceiro entre 2.143 e 6.000 calorias diárias.

As probabilidades de se ter MCI mais do que duplicou para os integrantes do terceiro grupo (o que consumia mais calorias) em comparação com aqueles do primeiro grupo. Os resultados foram os mesmos após o ajuste para a histórico de diabetes, acidente vascular cerebral, nível de escolaridade e outros fatores que podem afetar o risco de perda de memória. Não houve diferença significativa no risco para o segundo grupo.

"Cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável pode ser uma maneira simples para evitar a perda de memória à medida que envelhecemos", finaliza Geda.

O estudo será apresentado na Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, que ocorre em abril.

Fonte: EurekAlert!, 12 de fevereiro de 2012

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