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Fumar Reduz Benefícios da Angioplastia

NOVA YORK (Reuters Health) - Todo mundo já ouviu falar que o fumo faz mal para o coração. Agora, pesquisadores descobriram que o cigarro também reduz as vantagens da cirurgia cardíaca e diminui a possibilidade de a desobstrução cirúrgica das artérias melhorar a vida do paciente que continua fumando depois do procedimento.

Das mais de 1.400 pessoas submetidas à angioplastia, as que mantiveram o hábito de fumar tiveram a saúde prejudicada nos seis meses depois da cirurgia.

Os pesquisadores acompanharam os pacientes por uma ano, avaliando o bem-estar físico, mental e emocional.

As conclusões indicam que os não-fumantes e os que pararam de fumar depois da cirurgia apresentavam um quadro geral de saúde melhor que os fumantes.

A equipe de David J. Cohen do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston (Massachusetts), apresentou os resultados do estudo na edição de setembro do Circulation: Journal of the American Heart Association.

De acordo com os especialistas, embora existam diversas evidências de que o fumo causa doenças cardíacas e câncer, pouco se sabe sobre como ele afeta a vida dos pacientes depois de uma cirurgia cardíaca.

Esse estudo revelou que, depois da cirurgia, a vida dos fumantes "melhorou consideravelmente menos" que a vida dos não-fumantes ou dos que pararam de fumar, relatou a equipe de Cohen.

Nos questionários sobre saúde, os fumantes tiveram avaliação entre 25 a 75 por cento inferiores que os não-fumantes.

Robert M. Califf disse à Reuters Health que isso não é surpresa, mas considerou "surpreendente" que o fumo possa causar tais efeitos logo depois da cirurgia.

Califf, do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham (Carolina do Norte), escreveu um editorial publicado com o estudo.

Para Callif, é fundamental compreeder por que as pessoas continuam fumando mesmo depois de passar por uma cirurgia cardíaca. O pesquisador observa que como o vício é complexo, muitas vezes de nada adianta fazer sermões para os pacientes mostrando os riscos a que se estão expondo.

"O que precisamos é de mais pesquisas sobre como lidar com a dependência do cigarro", concluiu Califf.

Sinopse preparada por Reuters Health

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