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Chás e cápsulas naturais precisam de prescrição médica

01 de junho de 2011 (Bibliomed). Há quem acredite que produtos naturais não precisam de prescrição médica para ser consumidos, mas estão enganados. A medicina alternativa complementa os cuidados com a saúde, tanto que cerca de 25% de todos os medicamentos são derivados de plantas. Contudo, é necessário cautela na hora de serem administrados, já que podem causar reações adversas e até modificar a ação de outros remédios.

O médico João Marcello Branco explica que o termo ‘natural’ leva as pessoas a acreditarem que o produto não faz mal à saúde, e por isso não precisam consultar um médico para fazer seu uso. "As pessoas acham que é natural e que pode tomar à vontade. Acham que, se não faz bem, mal não faz. Isso é errado, porque dependendo da dosagem pode virar veneno. Ou seja, não se deve tomar chás ou cápsulas naturais sem orientação", diz.

Branco explica que os produtos naturais são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que da mesma forma que alguns podem potencializar o efeito de determinados medicamentos sintéticos, outros podem fazer o efeito contrário. Um exemplo é a arnica, que apesar de bom cicatrizante, pode reduzir os efeitos das drogas para hipertensão.

Especialistas alertam para o uso indiscriminado de produtos naturais que prometem perda de peso, considerados pela classe médica como os mais perigosos. Segundo os médicos, mitos dizem acelerar o metabolismo, controlar o apetite e queimar gorduras, mas são associados a estimulantes como cafeína, que causam efeitos colaterais graves, como estímulo excessivo do sistema nervoso central e aumento da pressão.

Veja algumas combinações perigosas

Camomila: usada como calmante e anti-inflamatório, prejudica a ação de remédios para afinar o sangue e bloqueia a absorção de ferro.

Éfedra: indicada para tratamento de obesidade e asma, a substância aumenta a pressão arterial e pode estimular excessivamente o sistema nervoso central.

Ginko Biloba: a planta costuma ser usada para melhorar a circulação e até mesmo a memória, mas pode trazer sérios riscos. O produto potencializa o efeito dos medicamentos para afinar o sangue e pode aumentar o risco de convulsões.

Ginseng: usado como estimulante, o ginseng interfere na ação de medicamentos para o coração, para controlar a pressão e para diabete. Além disso, o produto prejudica a ação de antidepressivos e de drogas para afinar o sangue.

Fonte: Prontuário de Notícias, 30 de maio de 2011

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