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Visão de morte pode afetar atitudes das pessoas

25 de maio de 2011 (Bibliomed). A forma com uma pessoa pensa na morte pode afetar as suas atitudes. Para compreender esse processo, pesquisadores da Universidade de Essex (Inglaterra) entrevistaram 90 pessoas no centro de uma cidade inglesa. Eles perguntaram para algumas pessoas sobre suas opiniões e sentimentos sobre a morte e se existe vida após ela. Outras pessoas tiveram que imaginar como seria morrer em um apartamento pegando fogo e como eles próprios e suas famílias lidariam com a morte da pessoa. Os cientistas usaram um grupo controle que foi questionado sobre dor de dente.

Após as perguntas, as pessoas receberam artigos sobre doação de sangue. Em alguns textos, a informação era de que havia muito sangue em estoque e pouca demanda, mas outra versão do artigo afirmava o contrário – havia pouco sangue, mas muita demanda. Após lerem os textos, os participantes receberam panfletos que garantiam registro rápido em bancos de sangue casos eles quisessem doar. Porém, as pessoas fazendo as perguntas pediram que eles apenas pegassem um dos panfletos caso pretendessem fazer uma doação.

Os participantes da pesquisa que pensavam de forma diferente sobre a morte também agiram de forma diferente. Pessoas que pensaram sobre a morte de forma abstrata e leram artigos sobre a alta demanda de doações de sangue se sentiram mais motivadas a doarem. Já as pessoas que pensaram sobre a sua própria morte tinham mais chances de pegarem panfletos de doação independente de qual texto elas leram.

A pesquisadora Laura E.R. Blackie acredita que o pensamento abstrato da morte provavelmente faz as pessoas sentirem mais medo, enquanto o pensamento específico na própria morte leva a pessoa a englobar a idéia de morrer em suas próprias vidas e de uma forma mais completa.

“A morte é uma motivação muito poderosa. As pessoas parecem estar cientes de que a vida é limitada. Isso pode ser um dos melhores dons que nós temos na vida, nos motivando a abraçarmos a vida e abraçarmos objetivos que são importantes para nós”, explica Blackie.

A pesquisa será publicada no periódico Psychological Science.

Fonte: UPI 19 de maio de 2011

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