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A religião influencia a ocorrência de suicídios?

11 de janeiro de 2011 (Bibliomed). No século 19, o sociólogo francês Émile Durkheim mostrou que as taxas de suicídio eram maiores em pessoas de religião protestante em comparação com os católicos da Suíça. Pesquisadores da University of Zurich examinaram a relação entre a filiação religiosa e o suicídio na Suíça moderna, onde o suicídio assistido é legal.

Foram analisados os dados de 1.722.456 (46,0%) católicos, 1.565.452 (41,8%) protestantes e 454.397 (12,2%) indivíduos sem filiação religiosa. As taxas de suicídio por 100.000 habitantes foram de 19,7 em católicos (1.664 suicídios), 28,5 em protestantes (2.158 suicídios) e 39,0 naqueles com nenhuma afiliação (882 suicídios). As associações com a religião foram modificadas pela idade e sexo (P <0,0001). Comparados com os homens com idades entre 35 e 64 anos protestantes, os riscos relativos (95% IC) para suicídio foram de 0,80 (0,73 a 0,88) em homens católicos, 1,09 (0,98 a 1,22) em homens sem filiação religiosa, e 0,60 (0,53 a 0,67) e 1,96 (1,69 a 2,27), em homens com idade entre 65 a 94 anos. Os RR correspondentes em mulheres foram de 0,90 (0,80 a 1,03), 1,46 (1,25 a 1,72), 0,67 (0,59 a 0,77) e 2,63 (2,22 a 3,12), respectivamente.

Concluiu-se que, na Suíça, o efeito protetor de uma filiação religiosa parece ser mais forte em católicos do que em protestantes, mais forte nos mais velhos do que em pessoas mais jovens, mais forte nas mulheres do que nos homens, e particularmente forte para o suicídio assistido.

Fonte: International Journal of Epidemiology, Volume 39, Issue 6, 2010, Pages 1486-1494

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