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Um quarto dos portadores de marca-passo acredita que deve evitar relações sexuais

09 de dezembro de 2010 (Bibliomed). Uma pesquisa apresentada nesta semana no Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas indica que a percepção dos portadores de marca-passo sobre o uso do aparelho e suas limitações ainda é muito distorcida. Exemplos disso é que 27% dos quase 200 portadores de marca-passo consultados na pesquisa acreditam que as relações sexuais devem ser evitadas e quase metade apontam que não devem utilizar computador com acesso à internet.

“Os extensos investimentos em tecnologia, visando à otimização da qualidade de vida dos portadores de marca-passo, podem não gerar os resultados que desejamos. Mesmo pacientes que usam marca-passo há cinco anos ainda têm percepções incorretas acerca de atividades que poderiam ou não exercer”, revela o cardiologista José Elias Neto, que apresentou o estudo no evento.

Conduzido por cardiologistas da Clínica do Ritmo, no Espírito Santo, com 90 homens e 108 mulheres que utilizavam o aparelho, o estudo indicou, ainda, que a grande maioria dos pacientes não sabe responder por que colocou o marca-passo. “Frequentemente, os médicos veem seus pacientes apenas como um problema clínico e, por isso, fizemos este levantamento com foco na prática, observando aspectos emocionais, culturais e sociodemográficos”, disse o especialista, sugerindo uma abordagem mais informativa dos pacientes.

Utilização segura

Embora a tecnologia dos novos aparelhos esteja desenvolvida para evitar desconfigurações ou problemas mais sérios para o paciente, em algumas situações, vale a recomendação médica. Entre elas, manter distância mínima de dois metros dos aparelhos de micro-ondas quando em funcionamento; manter uma distância de 15 cm do aparelho celular; não passar por detector de metais em agências bancárias e aeroportos; não realizar procedimentos com ressonância magnética e acupuntura quando as agulhas são do tipo elétrica.

“Alguns cuidados são realmente necessários. No caso da ressonância magnética, 59% também erram a resposta correta - relataram que é possível realizar o procedimento”, explica o cardiologista. “De modo geral, este estudo revela que nossos pacientes consideram diversas atividades cotidianas inseguras para portadores de marca-passo definitivo. E o efeito disto é o fator potencialmente prejudicial para a boa qualidade de vida”, finaliza Elias Neto.

Fonte: Baruco Comunica Estratégica. Press release. 08 de dezembro de 2010.

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