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Videogame ajuda no controle da dor de pacientes de queimaduras

01 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Os professores Hunter Hoffman e David Patterson da Universidade de Washington (EUA) desenvolveram um videogame que ajuda pacientes de queimaduras a lidarem com a dor durante a tratamento de reabilitação. Ferimentos severos causados por fogo podem causar dores intensas e prolongadas, e o tratamento em si é muito doloroso. A idéia por trás do videogame é que o jogo em 3D distraia os pacientes, tirando a atenção dos ferimentos.

A dor é afetada por diversos elementos, como emoções, o ambiente em que o paciente está, contextos e distrações. A dor tem um componente psicológico muito forte, por esse motivo, tratamentos psicológicos podem ser muito eficientes no tratamento dela. “(Os pacientes) durante o tratamento de feridas, quando estão trocando seus curativos, eles estão olhando para esses utensílios diferentes que as enfermeiras estão usando para tratá-los, e só olhar para esses objetos deixa eles ansiosos. Eles começam a associar objetos no quarto com muita dor, então você pode imaginar que dia após dia eles começam a desenvolver associações psicológicas entre o quarto de tratamento e dor, amplificando a dor que eles sentem”, diz Prof. Hoffman.

O jogo, chamado SnowWorld (mundo da neve), é bem simples. O paciente coloca um capacete e fones de ouvido que cancelam o som ambiente. Em um mundo feito inteiramente de gelo (para evitar lembranças de fogo e calor) o objetivo é atacar iglus e pinguins com bolas de neve. O paciente Caleb Springer, de 23 anos, conta que “Quando eu estava em SnowWorld, eu não pensava na dor. Não tinha quase dor nenhuma – tinha em alguns momentos, mas na maior parte não tinha dor”. Ele sofreu um acidente em que uma bituca de cigarro incediou um vazamento de gasolina do tanque da moto. Caleb relata que suas queimaduras de segundo e terceiro grau foram dores excruciantes.

Ao realizar varreduras no cérebro dos pacientes que estavam jogando o videogame durante o tratamento, o Professor Hoffman viu uma diminuição de 50% de atividade cerebral relacionada a dor. “Isso é consistente com a idéia de que tanta atenção é destinada a SnowWorld que não tem atenção suficiente disponível para processar os sinais de dor”, ele diz.

Hospitais e centros especializados em todo o mundo já mostraram interesse na técnica.

Fonte: BBC Health, 31 de janeiro de 2011.

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