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Enxaquecas Afetam Saúde Física e Emocional

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health) - Para os 28 milhões de norte-americanos que sofrem com a enxaqueca, o convívio com uma dor algumas de cabeça por vezes extremamente forte e com sintomas debilitantes afeta todos as aspectos da vida da pessoa, relataram dois estudos.

Mesmo os pacientes que sofrem de enxaquecas menos severas têm prejuízo no bem-estar mental, físico e social, em relação a pessoas que não são afetadas pelo problema.

Esses pacientes também parecem ter um risco maior de depressão, observaram os pesquisadores na edição de 12 de setembro do Neurology.

"Esse é o grande quadro da enxaqueca", informou em declaração distribuída à imprensa Richard B. Lipton, professor da Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx (Nova York), e um dos autores do estudo.

A equipe de pesquisadores verificou que as pessoas com enxaqueca nos Estados Unidos e Grã-Bretanha têm mais limitações físicas e emocionais, variando entre as que têm uma grande dificuldade até para visitar amigos e pessoas que não sentem dor de cabeça.

Os resultados também indicaram que as pessoas com pelo menos seis episódios de enxaqueca por ano têm taxas mais altas de depressão, comparadas a pessoas que não sofrem da dor de cabeça (47 por cento contra 17 por cento).

Esses dados, no entanto, não indicam que a enxaqueca leve à depressão, já que pessoas depressivas também são mais propensas a ter enxaqueca.

"Acreditamos que os dois distúrbios tenham uma neurobiologia comum", explicou Lipton.

O outro estudo observou aproximadamente 6 mil pessoas na população geral, incluindo 620 pessoas com enxaqueca, e verificou que aquelas com enxaqueca perderam qualidade de vida em taxas menores nos aspectos sociais e mentais e mais altas nos diz respeito a aspectos físicos.

"As descobertas mostram pela primeira vez que as pessoas com enxaqueca típica não apenas sofrem com a dor de cabeça, mas também têm alguns problemas que afetam sua qualidade de vida em áreas relacionadas às funções sociais e emocionais e vitalidade", disse à Reuters Health, Lenore Launer um dos autores do estudo, do Instituto Nacional para Velhice em Bethesda, Maryland.

As pessoas com dor de cabeça foram mais suscetíveis a ter também asma ou dor musculoesquelética crônica, embora as razões para essas descoberta não estejam completamente claras, indicou o relato.

"As pessoas que sofrem com enxaqueca típica e seus médicos deveriam considerar outros aspectos da saúde, além de tratar a dor de cabeça", disse Launer.

Em um editorial que acompanha o estudo, Werner J. Becker e John E. Ware, da Universidade de Calgary, em Alberta (Canadá), observaram que os estudos envolveram pessoas com enxaqueca que não procuraram ajuda médica. Entretanto, forneceram "um quadro mais claro de enxaqueca como uma entidade neurológica e seus efeitos em aqueles que sofrem com ela".

Sinopse preparada por Reuters Health

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