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25 de julho de 2025 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade Yale descobriram que a inflamação no corpo pode ser o fator biológico que liga a dor crônica à depressão. O estudo, publicado na revista Science Advances, analisou dados de mais de 400 mil pessoas no Reino Unido e mostrou que, quanto maior o número de regiões do corpo afetadas pela dor, maior o risco de desenvolver depressão.
A dor crônica - definida como dor que dura mais de três meses - afeta cerca de 30% da população mundial. Condições como dores nas costas, enxaqueca e artrite são comuns, e um em cada três pacientes também apresenta múltiplas áreas de dor, o que pode agravar ainda mais os sintomas.
Os cientistas investigaram marcadores inflamatórios no sangue dos participantes, como proteína C-reativa, plaquetas e glóbulos brancos. Eles descobriram que esses indicadores estavam mais elevados em pessoas que tinham dor crônica e também sintomas de depressão. A proteína C-reativa, produzida pelo fígado em resposta à inflamação, foi o marcador mais fortemente associado à depressão nesses casos.
Os resultados reforçam a ideia de que a saúde mental e a saúde física estão profundamente conectadas. “A dor não é apenas física”, explicou o pesquisador principal. “Ela tem consequências diretas para o bem-estar emocional”.
Os autores do estudo esperam que esses achados ajudem a desenvolver novas estratégias de tratamento, que levem em conta tanto o corpo quanto a mente. Pesquisas futuras devem incluir participantes de diferentes origens étnicas para ampliar a validade dos resultados.
Fonte: Science Advances. DOI:10.1126/sciadv.adt1083.
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