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Exposição à poeira do World Trade Center deixou a equipe de resgate com alteração na função pulmonar

28 de julho de 2010 (Bibliomed). Os ataques terroristas ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, expuseram milhares de Bombeiros de Nova York (FDNY) à poeira, o que levou a declínios significativos na função pulmonar no primeiro ano.

Um estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine buscou determinar os efeitos em longo prazo dessa exposição. Foi analisado o volume expiratório forçado em 1 segundo (FEV1) das equipes de resgate, com base em espirometrias realizadas rotineiramente em intervalos de 12 a 18 meses a partir de 12 de março de 2000, até 11 de setembro de 2008. Dos 13.954 trabalhadores da FDNY que estavam presentes no World Trade Center entre 11 de setembro de 2001, um total de 12.781 (91,6%) participaram deste estudo.

No primeiro ano, o FEV1 médio diminuiu significativamente para todos os trabalhadores, de maneira mais acentuada para os bombeiros que nunca haviam fumado (uma redução de 439 ml, IC 95% 408 a 471) do que para os trabalhadores de equipes médicas que nunca haviam fumado (a redução de 267 ml, IC 95%, 263 a 271) (P <0,001 para ambas as comparações). Houve pouca ou nenhuma recuperação do VEF1 durante os seis anos subsequentes, com uma redução média anual do VEF1 de 25 ml por ano para os bombeiros e 40 ml por ano para os trabalhadores de equipes médicas.

Os dados mostraram que a exposição à poeira do World Trade Center levou a grandes declínios no FEV1 para os trabalhadores de resgate da FDNY durante o primeiro ano. Globalmente, estas quedas foram persistentes, sem recuperação ao longo dos seis anos subsequentes, deixando uma parte substancial dos trabalhadores com função pulmonar anormal.

Fonte: The New England Journal of Medicine, Volume 362, Number 14, 2010, Pages 1263-1272

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