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NOVA YORK (Reuters Health) - Um homem de 61 anos de idade, que recebeu o primeiro implante permanente de uma bomba experimental para o coração, do tamanho de uma unha, parece estar passando bem, de acordo com um relatório publicado na última edição da revista científica The Lancet.
Seis semanas depois da implantação do aparelho no peito do paciente, realizada em junho deste ano, os sintomas de insuficiência cardíaca desapareceram e o coração e os outros órgãos parecem estar funcionando melhor.
A insuficiência cardíaca é um problema crônico, em que o coração aumenta de tamanho e funciona de forma ineficiente, causando fadiga, dificuldade respiratória e acúmulo de líquido nos membros e nos pulmões. Em casos graves, é necessário realizar um transplante cardíaco para o paciente sobreviver.
O homem que recebeu o aparelho não tinha condições de realizar o transplante, em consequência de outras complicações de saúde, e foi submetido à cirurgia experimental para implantar a bomba no ventrículo esquerdo do coração.
Um cabo de energia conecta o aparelho a um suporte de titânio parafusado dentro do crânio e é ligado a um controlador externo e a uma bateria que podem ser pendurados ao cinto do paciente.
A bomba pode ficar desligada com segurança por até cinco minutos, de acordo com os pesquisadores. Fazem parte da equipe Robert Jarvik, o criador do aparelho, e três cirurgiões que realizaram a operação.
"O coração Jarvik 2000 sustentou a circulação do paciente, além de ter se mostrado um recurso prático e usual", conforme informações da equipe chefiada por Stephen Westaby, do Hospital John Radcliffe, em Oxford (Grã-Bretanha).
"Diante da falta de doadores para transplante, a busca de um suporte mecânico permanente para circulação, para um número crescente de pacientes com insuficiência cardíaca em estágio final, é atraente. A experiência com o primeiro paciente reforça nossas descobertas de laboratório, relacionadas à segurança e eficácia do aparelho", escreveram os autores na edição divulgada dia 9 da revista.
É muito cedo para tirar conclusões definitivas sobre o sucesso a longo prazo da bomba embora as "perspectivas sejam animadoras", conforme o editorial que acompanha o estudo.
Segundo o artigo do pesquisadores, é importante encontrar novas formas de tratar a insuficiência, mas isso deve ser feito para ajudar a prevenir as doenças do coração e outros problemas que podem causar a insuficiência cardíaca.
A crescente taxa de obesidade entre adultos e crianças, principalmente nos Estados Unidos e Europa, demonstra que os médicos precisam intensificar os esforços para prevenir a doença cardíaca.
Sinopse preparada por Reuters Health
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