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Especialistas recomendam cuidados com os olhos das crianças no verão

12 de novembro de 2009 (Bibliomed). Embora o verão ainda não tenha chegado oficialmente, o calor já está presente em diversas partes do Brasil. E, com a chegada das férias escolares, é importante que os pais tomem cuidados para a proteção da pele, do cabelo e dos olhos das crianças, principalmente pela exposição ao sol, à água do mar e ao cloro das piscinas. "O cloro é uma substância tóxica que, mesmo em doses baixas, como as usadas nas piscinas, pode irritar a pele, pois retira a camada protetora da derme e dos cabelos, que acabam ficando ressecados. A substância também  prejudica as mucosas dos olhos e do nariz", explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares.

De acordo com a oftalmopediatra Maria José Carrari, depois de muitas horas de diversão na piscina ou na praia, os olhos ardem e ficam congestionados. "Essas irritações na visão costumam desaparecer sozinhas, mas merecem atenção porque podem estar também associadas a infecções, alergias e até a ferimentos", observa.

A médica destaca que os atendimentos oftalmológicos mais comuns no verão ocorrem porque as crianças adoram nadar com os  olhos abertos embaixo d’água e não usam os óculos de natação, e a maioria das piscinas têm muito cloro. "Recomendamos que, após um dia inteiro de sol e piscina, a criança tome banho e a mãe pingue uma gota de colírio lubrificante em cada olho. Se a irritação persistir, a mãe deve exigir o uso de óculos de natação", explica a especialista. "Se mesmo assim, a irritação não passar, é preciso procurar um oftalmologista para averiguar a possibilidade de alguma infecção ou inflamação mais grave", diz Maria José Carrari.

Além disso, segundo os especialistas, há o maior risco de conjuntivite – infecção ocular causada por vírus e bactéria –, pois a água da piscina é um dos lugares mais propícios para o contágio. A infecção faz os olhos ficarem vermelhos, inchados, lacrimejando, sensíveis à claridade e com a sensação de ter um corpo estranho. Às vezes, há uma secreção espessa que faz a criança acordar com os olhos grudados. Dependendo do tipo da conjuntivite, o tratamento é feito com antibiótico, além de compressas frias nos olhos. "Como é contagiosa, também é preciso separar as roupas e objetos de uso da criança e não deixar que ela esfregue os olhos. O ideal é que após o diagnóstico, ela fique em casa por alguns dias, para evitar o contato com outras crianças".

A exposição solar sem proteção também é uma preocupação para a saúde dos olhos. Os especialistas recomendam o uso de óculos escuros que ofereçam proteção contra os raios ultravioleta do sol – UVA e UVB. "Se o seu filho ainda não tem um bom par de óculos de sol, vale a pena providenciar um. Não existe uma idade mínima para começar a usá-los, mas a partir dos dois anos não dá para postergar o hábito. Quanto mais as crianças se expõem ao sol, mais necessários são os óculos. Além da piscina ou da praia, estamos falando também do uso de óculos de sol em parques ou no quintal de casa", aconselha a oftalmopediatra.

Fonte: MW Consultoria de Comunicação-Saúde. Press release. 11 de novembro de 2009.

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