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28 de julho de 2009 (Bibliomed). Os índices de partos cesariana no Brasil, hoje, estão em torno de 85%, quando o índice tolerável deve ficar em torno de 30% a 40%, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Preocupados com o número excessivo de cesarianas no país, os especialistas do CFM anunciam um projeto para melhorar a assistência obstétrica e incentivar o parto normal.
Uma tentativa nesse sentido foi feita no final da década de 90, quando foi lançada a campanha "Natural é Parto Normal", que, segundo o Coordenador da Comissão do CFM, José Fernando Vinagre, não conseguiu sensibilizar o setor privado. O que se espera agora é que o conjunto de medidas propostas seja capaz de aumentar os índices de partos normais no setor privado.
O projeto envolve ginecologistas, obstetras e pediatras, além de diferentes profissionais de saúde e as operadoras e hospitais. E baseia-se na autonomia da mulher sobre seu corpo. "Essa autonomia deve ser respeitada: a mulher tem o direito de escolher uma cesariana ou um parto normal", destaca o médico.
Entre os treze pontos do projeto, estão o sistema de atenção ao parto, que, segundo os especialistas, atualmente deixa insatisfeitos os obstetras, as operadoras, as autoridades de saúde e muitas mulheres; a qualificação da assistência médica necessária à gestante; e o acesso da gestante ao seu médico ou ao serviço institucional que oferece assistência a todo ciclo grávido-puerperal, incluindo ações de prevenção e promoção de saúde.
O coordenador da Comissão afirma ainda que essas medidas visam, "daqui em diante, reverter essa situação, agindo em diferentes frentes, pois a opção pela cesariana vem historicamente crescendo ao longo dos anos."
Fonte: Paz Comunicação/ Conselho Federal de Medicina. Press release. 23 de julho de 2009.
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