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Deficiência de ferro em gestantes pode atrasar desenvolvimento cerebral do bebê

22 de maio de 2009 (Bibliomed). Além de ser um dos problemas nutricionais mais comuns no mundo e afetar, particularmente, muitas gestantes, a deficiência de ferro (anemia) pode ter um impacto considerável no feto, retardando seu desenvolvimento cerebral, segundo estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.

Em congresso da Pediatric Academic Society, realizado este mês, o neonatologista Sanjiv Amin explicou que mais para o final da gestação, um processo chamado mielinação ocorre no cérebro e no sistema nervoso do feto para a criação das conexões entre os neurônios. E o novo estudo mostra que a falta de ferro pode atrapalhar esse processo.

Os pesquisadores avaliaram 80 bebês prematuros – metade, nascidos de mães com deficiência em ferro –, por meio de eletrodos colocados na testa e nas costas deles, menos de 36 horas após o nascimento. Ao colocar os recém-nascidos para ouvir música com um fone de ouvido, os cientistas notaram que os impulsos auditivos passavam mais lentamente pelo cérebro de bebês nascidos de mães que tinham anemia.

Segundo os autores, observar a velocidade dos impulsos auditivos no cérebro é uma forma indireta de medir sua mielinação. “Não temos uma ferramenta confiável para olhar outras partes do cérebro, mas é mais como uma janela (...) ela nos oferece uma forma indireta de avaliar a maturação cerebral”, explicou o especialista. E a mielinação seria importante para o desenvolvimento da linguagem e da coordenação motora.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de 30% das mulheres grávidas nos países em desenvolvimento apresentam níveis insuficientes de ferro no sangue. Por isso, os autores destacam a importância do controle do diabetes e da hipertensão, além de evitar o cigarro, fatores que atrapalham a transferência de ferro para o bebê.

Fonte: EurekAlert. Public release. 04 de maio 2009.

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