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22 de dezembro de 2008 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Western Ontario, no Canadá, anunciaram, na última semana, que desenvolveram uma nova tecnologia que poderia ajudar os médicos a triar as gestantes com risco de ter uma complicação na gravidez que pode ser fatal – a pré-eclâmpsia. A descoberta poderia levar ao desenvolvimento de testes diagnósticos capazes de identificar a gravidez de risco de forma mais rápida e eficaz.
Uma das principais causas de morte materna e neonatal, a pré-eclâmpsia é marcada principalmente por um aumento na pressão arterial da gestante, e afeta cerca de 3% a 10% de todas as gravidezes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a complicação é responsável por 18% das mortes das gestantes e por 80 mil nascimentos prematuros, além de ser associada a problemas no filho, como paralisia cerebral, retardo mental e cegueira.
A nova tecnologia investiga um grupo de proteínas e biomarcadores cujos níveis são modificados na placenta das mulheres que desenvolvem pré-eclâmpsia. E, segundo os autores, isso permitiria a detecção precoce da complicação, que, junto ao tratamento precoce, é essencial para evitar partos prematuros e mortes.
“Nossa pesquisa é altamente relevante para a pré-eclâmpsia severa e de início precoce, que se apresenta antes de 28 semanas de gestação”, destacou o pesquisador Victor Han, um dos líderes do estudo. “Identificando essas gestantes precocemente, um dia, seremos capazes de atrasar o início ou reduzir a severidade por uma intervenção direcionada”, complementou.
Contando com o apoio de diversas fundações e centros de pesquisas canadenses, a tecnologia já foi licenciada para desenvolvimento e futura comercialização.
Fonte: University of Western Ontário. Press release. 18 de dezembro de 2008.
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