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04 de maio de 2009 (Bibliomed). O colesterol alto não é um fator de risco exclusivo da população adulta. Em estudo apresentado no Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a cardiologista Ana Paula Marte Chacra, do Incor, destacou que crianças com colesterol alto podem ter problemas cardiovasculares dez anos antes do que a média nacional, e, por isso, os pequenos com histórico familiar devem controlar o nível de gordura no sangue já a partir dos dois anos.
A incidência de colesterol elevado em crianças aumenta na mesma proporção que a obesidade infantil. Só nos Estados Unidos, 15% da população entre seis e 19 anos é considerada obesa. E as elevadas concentrações de colesterol durante a infância e adolescência se perpetuam ao longo do tempo, e estão associadas a um maior risco de doenças cardiovasculares na vida adulta.
“As alterações do perfil  lipídico na infância são frequentemente associadas a hábitos de vida  inadequados, além da obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo I e II.  Menos frequente são as dislipidemias genéticas, que podem ser detectadas na  infância e, se tratadas precocemente, podem reduzir o risco de complicações  cardiovasculares no adulto”, explica a cardiologista. 
  
  Os especialistas alertam que  crianças e adolescentes que tenham parentes de primeiro grau com histórico de  colesterol elevado ou de doença cardiovascular precoce, devem ter seu perfil lipídico  avaliado a partir dos dois anos de idade. Essa avaliação também é recomendada  para crianças com histórico familiar desconhecido ou crianças com os seguintes  fatores de risco: sobrepeso, obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus  e tabagismo.
Caso haja necessidade de uso  de remédios, os pais devem ficar atentos ao medicamento prescrito pelo médico.  “A estatina, que é utilizada pelos adultos com colesterol alto, deve ser  introduzida apenas nos pacientes acima de dez anos”, explica Ana Paula. E, em  alguns casos de dislipidemia genética, pode-se iniciar o tratamento com  estatinas a partir dos oito anos.
  
  A médica lembra ainda que,  paralelo ao medicamento, os pais devem balancear a alimentação dos filhos, com  muita fibra, frutas, verduras e legumes, e aumentar a atividade física diária  da criança, além de mantê-las longe da fumaça do cigarro. “Os pais que fumam também  estão fazendo um grande mal aos pequenos.  O fumo passivo é tão prejudicial quanto o ativo”, finaliza a especialista.
Fonte: DOC Press Comunicação – XXX Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Press release. 01 de maio de 2009.
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