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22 de abril de 2009 (Bibliomed). Um estudo publicado esta semana no Journal of the American College of Cardiology indica que a depressão aumenta significativamente os riscos de insuficiência cardíaca em pacientes com doença arterial coronariana. Embora mais estudos sejam necessários para desvendar os mecanismos responsáveis por essa relação, os resultados indicam a importância de se controlar os fatores de risco comuns às duas condições, como tabagismo e sobrepeso.
Avaliando dados de mais de 13 mil pacientes diagnosticados com doença arterial coronariana e sem histórico de insuficiência cardíaca e depressão, os pesquisadores observaram que 10% deles desenvolveram depressão no decorrer do estudo. E a incidência de insuficiência cardíaca nos depressivos foi de 16,4%, contra apenas 3,6% nos pacientes sem depressão.
Os resultados indicaram que o diagnóstico de depressão seguindo a doença arterial coronariana estava associado a um aumento de duas vezes no risco de ocorrência de insuficiência cardíaca. Além disso, o uso de antidepressivos não se mostrou eficaz na redução dos riscos de sofrer o evento cardíaco.
De acordo com os autores, há uma sobreposição de fatores de risco comuns à depressão e à insuficiência cardíaca, como sobrepeso, hipertensão, diabetes e tabagismo – o que poderia explicar essa relação. Outros estudos associam a depressão à negligência à própria saúde, levando o paciente a adotar hábitos de risco, o que aumentaria a propensão a sofrer eventos cardiovasculares.
Fonte: Journal of the American College of Cardiology. 21 de abril de 2009.
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