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Estudo associa consumo de vegetais a um menor risco de câncer no sistema circulatório

11 de dezembro de 2008 (Bibliomed). Um estudo da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, apresentado, nesta semana, no Encontro Anual da Sociedade Americana de Hematologia indica que um maior consumo de vegetais – principalmente verduras de folhas verdes –, além de vitamina E, manganês e zinco está associado a um menor risco de desenvolver linfoma não-Hodgkin. O linfoma é uma doença, ou um tipo de câncer, que acomete o sistema de defesa do organismo, especialmente linfonodos, baço e medula óssea, dentre outros órgãos.

 “Espécies reativas ao oxigênio causam danos ao DNA e alteram as respostas imunológicas, e têm sido associadas ao desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin. Dietas ricas em frutas e vegetais são excelentes fontes de antioxidantes; e as vitaminas C e E, polifenóis e carotenóides, juntamente com micronutrientes selecionados como o zinco, são tidos como responsáveis pela maior parte da atividade antioxidante dos alimentos”, explicaram os autores.

Avaliando a alimentação de 416 pessoas recentemente diagnosticadas com linfoma não-Hodgkin e 926 pessoas saudáveis registradas na Mayo Clinic entre os anos de 2002 e 2007, os pesquisadores descobriram que aqueles que comiam mais vegetais tinham 54% menos chances de desenvolver o câncer, comparados com aqueles com menor consumo. E os vegetais “mais protetores” seriam aqueles de folhas verdes – 45% menor risco doa doença.

De acordo com os autores, não houve diferenças no risco com o consumo de frutas, legumes e vegetais vermelhos, amarelos e alaranjados; e a proteção oferecida por vegetais crucíferos, como brócolis e couve-flor, seria menor do que a observada em pessoas que consumiam vegetais de folhas verdes.

Em relação aos nutrientes, a ingestão de vitamina A, principalmente em forma de beta-caroteno, foi associada a uma redução de 44% no risco; o maior consumo de vitamina E a 47% menor chances de ter linfoma não-Hodgkin. E o consumo de manganês, de selênio e de zinco também teve relação inversa com a doença.

 “Essas descobertas estendem uma crescente literatura de estudos de coorte e caso-controle que apóiam um papel protetor de alimentos e nutrientes que funcionam como antioxidantes relacionados aos mecanismos contra o desenvolvimento da doença, e, além disso, podem representar um dos poucos conhecidos fatores de risco modificáveis desse câncer”.

Fonte: 50th ASH Annual Meeting and Exposition. San Francisco, Califórnia. 06 a 09 de dezembro de 2008.

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