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Mesmo apnéia leve aumenta os riscos cardiovasculares, diz estudo

29 de outubro de 2008 (Bibliomed). Pessoas com apnéia obstrutiva do sono (AOS) têm maior risco de doença cardiovascular. Um estudo do Centro de Medicina Respiratória de Oxford, no Reino Unido, indica que, entre esses pacientes, mesmo aqueles que apresentam sintomas muito leves têm risco aumentado, por causa de problemas na função endotelial e do aumento da rigidez arterial.

De acordo com os autores, já se sabia que pessoas que apresentavam apnéia grave o suficiente para afetar seu estado de alerta durante o dia e que se manifesta de outras formas estão sob maior risco de doença cardiovascular. “Mas esta descoberta sugere que muito mais pessoas do que se acreditava – algumas das quais podem desconhecer completamente que têm AOS – estão em risco”, ressaltaram os pesquisadores.

Em editorial publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, eles destacam que a apnéia “desencadeia uma cascata de reações biológicas, incluindo aumento da atividade simpática, inflamação sistêmica, estresse oxidativo, e alterações metabólicas que são potencialmente prejudiciais para o sistema cardiovascular”.

Comparando função endotelial, rigidez arterial e pressão de 64 pacientes com apnéia obstrutiva do sono com o mesmo número de pessoas sem a doença, os pesquisadores concluíram que apnéia minimamente sintomática é um fator de risco cardiovascular em um grau desconhecido até então. Pessoas com sintomas leves apresentavam maior rigidez arterial e pior função endotelial.

O estudo mostrou também que a diferença na rigidez arterial entre os pacientes e as pessoas do grupo controle era em tamanho comparável ao efeito visto após quatro semanas de terapia com a pressão positiva contínua em vias aéreas em pacientes com apnéia moderada a grave. Agora, os pesquisadores estão investigando os impactos cardiovasculares do tratamento da apnéia em pacientes com sintomas leves.

Fonte: EurekAlert. Public release. 24 de outubro de 2008.

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