Notícias de saúde
09 de outubro de 2008 (Bibliomed). Homens que sofrem de ejaculação precoce já podem culpar seus genes pelo problema. Um estudo da Universidade de Utrecht, na Holanda, descobriu que aqueles que são incapazes de controlar ou adiar suficientemente a ejaculação têm uma versão de um gene que controla a serotonina – neurotrasnmissor cujos níveis controlam a “rapidez” da ejaculação.
Avaliando quase 200 homens holandeses – 89 com ejaculação precoce primária, e 92 sem histórico do problema – os pesquisadores descobriram que homens com a versão do gene ejaculavam duas vezes mais rápido do que os outros.
Na pesquisa, as mulheres foram encorajadas a usar um cronômetro para medir o tempo até a ejaculação durante a relação sexual. E análises de especialistas mostraram que, nos homens que apresentavam o problema, a serotonina parecia ser menos ativa entre os nervos na área do cérebro que controla a ejaculação. E essa baixa atividade significa que os sinais nervosos não são transmitidos da forma normal nessas pessoas.
“Isso contradiz a idéia que têm sido comum há anos, de que a forma primária de ejaculação precoce é um distúrbio psicológico” disse o pesquisador Marcel Waldinger, um dos autores do estudo. Por isso, segundo ele, as descobertas podem significar a possibilidade de tratar a condição pela terapia genética.
De acordo com a psicoterapeuta sexual Paula Hall, o estudo, assim como outros anteriores, oferece evidências de que a serotonina está envolvida na ejaculação, o que pode servir de base para o desenvolvimento de drogas que prolonguem a ação do hormônio, para o tratamento da ejaculação precoce.
Alguns especialistas, no entanto, lembram que, apesar das descobertas indicarem um fator genético, há também elementos psicológicos que devem ser considerados na abordagem do problema.
Fonte: BBC News. 07 de outubro de 2008.
Copyright © 2008 Bibliomed, Inc.
Veja também