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25 de agosto de 2008 (Bibliomed). Um estudo apresentado, neste mês, no Congresso Brasileiro de Neurologia confirma que o consumo de álcool na gestação pode comprometer o estado neuropsicológico do bebê. De acordo com o neurocientista José Mauro Braz de Lima, autor do estudo, mães que consomem algum tipo de álcool durante a gestação expõe o bebê a desenvolver síndrome alcoólica fetal.
Essa condição causa problemas neurológicos e psicológicos, como retardamento mental, déficit cognitivo e de atenção, problemas comportamentais, déficit escolar, malformações cardíacas, renal e de outros órgãos. Além disso, em casos graves de alcoolismo, podem ocorrer abortamento e morte fetal.
Segundo o pesquisador, a síndrome é uma condição clínica freqüente e de alta prevalência. Dados norte-americanos e europeus estimam que cerca de 10% a 20% das mulheres grávidas façam uso de bebidas durante a gestação de maneira consistente e preocupante. Projetando os dados para o Brasil, esses números tendem também a serem elevados.
O neurocientista explica que não se trata apenas do alcoolismo crônico (forma mais grave), mas de significativos riscos do consumo eventual mais ou menos freqüente relacionado à exposição da criança ao álcool ainda dentro do útero.
Em seu livro “Álcool e Gravidez – Síndrome Alcoólica Fetal, Tabaco e Outras Drogas”, lançado durante o evento, o especialista aponta o sério problema da relação entre dose e concentração sangüínea. Com uma dose padrão, a mãe apresenta teor de álcool no sangue de aproximadamente 0,2 g/l para um peso de 60 a 70 kg; enquanto, no feto, a concentração recebida pelo cordão umbilical é a mesma para um peso muito menor, representando perigo.
Ainda não está clara a quantidade de álcool que pode provocar as manifestações da síndrome alcoólica fetal. Porém, as recomendações da Organização Mundial da Saúde são para a abstinência total durante a gestação para prevenir danos neuropsicológicos no bebê.
Fonte: Trixe Comunicação Empresarial. News release. 19 de agosto de 2008.
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