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18 de agosto de 2008 (Bibliomed). Apesar de uma diversidade de estudos sugerirem o papel da vitamina D na redução da incidência de câncer colorretal, a especialista Cindy Davis, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, defende que as evidências disponíveis são muito limitadas para indicar que o nutriente possa reduzir os riscos de câncer.
Em artigo publicado na revista científica “American Journal of Clinical Nutrition”, a especialista destaca a necessidade de mais pesquisas para analisar a relação dose-resposta entre os níveis de vitamina D e o risco de câncer, os níveis ideais da 25-hidroxivitamina D, o tempo necessário para fazer efeito, e o período da vida em que a vitamina é mais importante.
Outras evidências que precisam ser avaliadas, segundo a autora, se referem às interações entre o perfil genético e a influência do ambiente na relação do nutriente com o câncer. “Estudos dos polimorfismos do receptor de vitamina D constataram que nem todos os polimorfismos têm a mesma associação com câncer, e a localização do câncer poderia indicar quais polimorfismos poderiam ser mais importantes”, destacou, na publicação.
Além disso, ainda não estariam claros os fatores que poderiam confundir ou modificar a resposta biológica do organismo à vitamina, incluindo a dieta; fatores do estilo de vida, como a prática de exercícios; raça ou etnia.
Em relação aos estudos sobre o assunto, a especialista destaca que há muitas falhas que apontam para a necessidade de desenvolver biomarcadores preditivos, validados e sensíveis. Entre esses marcadores, estariam incluídos biomarcadores para avaliar a ingestão e a exposição à vitamina D, para avaliar um ou mais efeitos biológicos associados ao câncer, e para prever, de forma eficaz, a suscetibilidade de cada paciente.
Fonte: American Journal of Clinical Nutrition. Agosto de 2008.
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