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07 de maio de 2008 (Bibliomed). Um estudo inédito realizado na Suécia com 4 mil pessoas, e analisado, neste mês, no XXIX Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, revela que a cirurgia para a redução do estômago diminui em quase 30% as mortes por problemas cardiovasculares.
O trabalho constatou que a maioria das mortes de obesos mórbidos é por infarto. E a professora titular de endocrinologia da Unifesp, Maria Tereza Zanella, revela que "todos os resultados comprovaram que a redução do estômago é melhor do que a dieta para o coração de quem sofre de obesidade mórbida".
No estudo, metade dos pacientes se submeteu à cirurgia bariátrica e metade emagreceu por meio de dieta. E aqueles que se submeteram ao procedimento perderam 26% do peso inicial; enquanto os demais perderam apenas 2%. Ao final dos dez anos de acompanhamento, 129 pessoas que fizeram apenas dieta acabaram morrendo. E esse número foi 29% menor no grupo operado (101 mortes).
Segundo dados do Ministério da Saúde, a obesidade mórbida mata duas pessoas por dia no Brasil. Nos últimos sete anos, o número de cirurgias para redução de estômago quadruplicou, com aproximadamente 25 mil procedimentos só no ano passado.
Zanella lembra que a cirurgia bariátrica também reduz os fatores de risco para doenças cardiovasculares, como os níveis de colesterol, a pressão alta e diabetes.
Porém, os especialistas destacam que o procedimento só deve ser realizado em último caso, pois o ideal é recorrer à dieta e atividade física para emagrecer. Além disso, ele pode ter conseqüências negativas para algumas pessoas, incluindo deficiência nutricional, perda de cálcio nos ossos e dificuldade de adaptação ao novo corpo.
Fonte: XXIX Congresso Socesp
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