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Quem tem mais medo de ir ao dentista?

25 de junho de 2007 (Bibliomed). A maioria das pessoas revela ansiedade e até mesmo medo de fazer um tratamento dentário. Isso se deve ao fato de que o senso comum advoga, que todos os tipos de tratamentos odontológicos são dolorosos e inconvenientes. Talvez isto seja conseqüência dos primórdios da odontologia, época em que os anestésicos eram pouco eficazes e muitas vezes a única opção terapêutica era a extração dentária forçada.

Um grupo de pesquisadores europeus publicou estudo na revista Community Dentistry and Oral Epidemiology, em Junho de 2007, no qual investigaram se o medo ao tratamento dentário guarda relação com características comportamentais individuais (a saber: internalização, exteriorização e atenção). Participaram da pesquisa 230 adultos com manifestações de ansiedade extrema quando visitavam seus dentistas. Os participantes responderam um questionário que abordava alguns aspectos associados a seus medos.

Os resultados apresentados revelaram que a internalização e a atenção, se mostraram variáveis úteis na predição da presença de medo de terapias odontológicas. Por sua vez, a exteriorização, não se correlacionou de forma adequada com a fundamentação psíquica dos medos apresentados pelos participantes, especialmente os do sexo masculino. Os indivíduos com quadro de ansiedade mais intensa, possuíam um maior risco de cursar com distúrbios de comportamento, do que os com quadros leves de medo.

Assim, os autores concluem que a avaliação comportamental, a partir de escalas de internalização e atenção, pode ser um marcador útil na determinação da história natural do medo de terapias dentárias.

Fonte: Community Dentistry and Oral Epidemiology 2007; 35 (3): 186 – 194 (June).

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