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Reparo e troca valvar mitral em pacientes com endocardite

14 de fevereiro de 2007 (Bibliomed). Vários estudos observacionais sugeriram melhor sobrevida associada ao reparo valvar mitral, em comparação à troca valvar, em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de endocardite infecciosa (EI). Com o objetivo de realizar revisão sistemática da literatura, quanto às taxas de morbidade e mortalidade, associadas ao reparo e troca valvar mitral, no tratamento da EI, Harm Feringa e colaboradores, da Uiversidade de Leiden, Holanda, publicaram artigo recentemente.

Foi realizada busca no banco de dados Medline, tendo sido identificados 24 estudos, com relato de prognóstico de pacientes submetidos a cirurgia para EI, em valva mitral. Foram analisados dados relativos aos pacientes, ao tipo de cirurgia e ao acompanhamento.

Um total de 470 pacientes (39%) foi submetido a reparo valvar mitral e 724 pacientes (61%) a troca valvar. Menor taxa de mortalidade hospitalar (2,3% versus 14,4%) e mortalidade a longo prazo (7,8% versus 40,5%) foi observada entre os pacientes submetidos ao reparo valvar, em comparação aos pacientes submetidos à troca valvar. Além disso, as taxas de reoperação precoce (2,2% versus 12,7), de eventos cerebrovasculares precoces (4,7% versus 11,5%), de reoperação tardia (4,7% versus 8,7%), de endocardite recorrente tardia (1,8% versus 7,3%) e de eventos cerebrovasculares tardios (1,6% versus 24,4%) foram significativamente menores entre os pacientes submetidos ao reparo valvar. As análises mostraram que o reparo valvar, em comparação à troca, está associado a melhor prognóstico precoce e tardio, após a cirurgia. O sexo masculino e a cirurgia de urgência foram preditores não-significativos de pior prognóstico precoce.

Essa revisão sistemática da literatura mostrou, que o reparo valvar mitral, está associado a melhores resultados precoces e tardios, entre os pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de EI.

Fonte: The Annals of Thoracic Surgery 2007; 83:564-70.