Notícias de saúde
08 de novembro de 2006 (Bibliomed).
Pouco se sabe acerca das diferenças sócio-econômicas e de
sua relação com acesso a técnicas de cirurgia (cesárea), nos partos de
emergência. Pesquisadores britânicos e americanos examinaram as taxas de parto
por cesariana, escalonadas por grupos sócio-econômicos, em diversos países em
desenvolvimento. Foram utilizados dados de 42 pesquisas demográficas e de
saúde na África Sub-Saariana, sul e sudeste da Ásia, América latina e
Caribe. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Lancet,
desta semana.
Nos achados, a taxa de parto cesáreo foi extremamente baixa
entre as pessoas muito pobres. Neste grupo a incidência ficou abaixo do 1%, em
vinte países. Somente em cinco países, as pessoas mais pobres tiveram índices
de parto cesáreo acima de 5%.
No outro extremo existem sete países, a maioria deles na
América latina, onde os partos cesáreos estão muito acima do limite máximo
sugerido de 15%, ocorrendo em pelo menos 40% da população.
Os autores interpretaram os resultados, concluindo que nos
países mais pobres, principalmente da África Sub-Saariana, grandes segmentos
da população não têm praticamente nenhum acesso a partos cesarianos, que
poderiam ser potencialmente salvadores de vidas. Enquanto isso, em alguns
países, que poderiam ser considerados como medianos em relação a sua renda,
mais da metade da população têm taxas de parto cesáreo acima das exigências
médicas.
Fonte: The Lancet 2006; 368:1516-1523.
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