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Mentir faz com que o cérebro funcione mais

13 de fevereiro de 2006 (Bibliomed). Quando as pessoas mentem, os seus cérebros trabalham mais do que em situações nas quais dizem a verdade. Esta foi a conclusão de um novo estudo publicado na revista Radiology de fevereiro de 2006, preparado por investigadores do centro de imagem funcional do cérebro da Universidade de Temple.

Os pesquisadores estudaram as mentiras, a honestidade e o cérebro. Foram analisados onze indivíduos, seis dos quais foram designados para disparar uma pistola com tiros de festim.

Os cientistas perguntaram aos onze participantes acerca dos tiros de fantasia; os atiradores foram instruídos a mentir, negando seu envolvimento nos tiros. Os indivíduos que não atiraram foram instruídos a dizer a verdade, ou seja, que não haviam participado nos tiros. O que se pretendeu foi criar uma experiência real, de tal modo que as pessoas "culpadas”, mesmo depois de sentirem o cheiro da pólvora e de terem arma em suas mãos, fossem forçadas a mentir. Durante a fase de interrogatório, os participantes foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional.

Nos resultados encontrados, os exames cerebrais funcionais mostraram 14 diferentes áreas ativas do cérebro durante a mentira, comparadas com 7 áreas ativas encontradas quando as pessoas eram honestas. Segundo os pesquisadores, mentir faz com que o cérebro funcione mais, porque as pessoas têm que suprimir a verdade, encobri-la com a mentira, ao mesmo tempo que mantém a linha da estória que foi inventada.

Fonte: Radiology, February 2006; vol 238: pp 679-688.

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