Notícias de saúde
09 de fevereiro de 2006 (Bibliomed).
Muitos países já descriminalizaram a prostituição, e, na Holanda, a lei
coloca as prostitutas no mesmo nível de outros trabalhadores.
Uma nova estratégia adotada na Inglaterra assemelha-se ao modelo sueco que criminaliza homens que pagam por sexo. Este modelo sueco parece ter reduzido
a presença de prostitutas nas ruas, mas possivelmente determinou que muitas das
mulheres passassem a atuar no submundo.
Mas a nova legislação não prevê uma abordagem dos piores aspectos do comércio
sexual – prostituição infantil, tráfico de mulheres, doenças, ligações com
drogas e escravidão. E não se prevê cobertura de seguro social e de saúde.
Na revista British Medical Journal da última semana, um editorial e um
artigo escritos por uma prostituta londrina comentam as novas regras. Segundo a
opinião de Juliet, a prostituta que escreveu as matérias, ter relações sexuais ou
ser pago para tê-las não são situações por si só degradantes ou levam a dano
físico. Os problemas seriam, em realidade, aqueles ligados à coerção, à
dependência de drogas, e à ausência de direitos, e não à prostituição por si própria.
Fonte: British Medical Journal 2006;332:245 (28 January).
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