Notícias de saúde
05 de janeiro de 2004 (Bilbiomed). A profissão médica levou seus membros em um passeio durante o último século: uma subida lenta, gloriosa, na sensação de bem-estar e satisfação com o trabalho, seguida por uma queda íngreme e agitada, cheia de solavancos e percalços.
Nas décadas depois de Segunda Guerra Mundial, sociólogos americanos retrataram os médicos daquele país como os herdeiros afortunados da idade dourada da Medicina. Eles foram cercados de assistentes que os admiravam, pacientes leais, colegas respeitosos e autonomia completa em seu trabalho, segurança, e uma alta renda. Esta era foi uma era dourada de curta duração.
Nos anos oitenta, manchetes de jornal indicavam que muitos médicos, abatidos e decepcionados com a profissão, estavam considerando abandonarem suas carreiras. Um artigo publicado na semana passada na prestigiosa revista The New England Journal of Medicine procurou estabelecer as razões porque tantos médicos americanos se decepcionam com sua profissão, e porque tantos a estão abandonando.
Uma análise deste tipo de situação, ou seja, a satisfação do profissional médico com o seu trabalho, não foi ainda feita no Brasil.