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Saúde intensifica prevenção da hepatite B em grupos de risco

13 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que cerca de 400 milhões de pessoas no mundo estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite B e susceptíveis a complicações como cirrose e câncer de fígado. No Brasil, estima-se que existam dois milhões de portadores crônicos de hepatite B – doença altamente transmissível que, se não for tratada, pode levar à morte. Diante desses números, o Ministério da Saúde pretende vacinar, até o final de 2003, cerca de 600 mil pessoas com maior risco de exposição à contaminação pelo vírus da hepatite B (usuários de drogas, profissionais do sexo, presidiários e pessoas que têm relação homossexual eventual ou constante), através do Programa de Redução de Danos (PRD).

O PRD foi concebido em 2002 por técnicos do Ministério da Saúde que trabalham na Fundação Nacional de Saúde, no Programa Nacional de Hepatites Virais e na Coordenação Nacional de DST/Aids, com o objetivo de evitar novos casos da hepatite B, difundir informações sobre a prevenção, diminuir riscos e agravos pela doença, além de reduzir internações hospitalares. Quatro projetos-piloto estão em andamento no Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre.

A transmissão do vírus da hepatite B ocorre por meio de relação sexual e pela transmissão parenteral (sangue e hemoderivados, procedimento cirúrgico/odontológico, solução de continuidade em pele ou mucosa e materno-fetal). A prevenção da doença é feita com a aplicação de três doses da vacina (ao nascer, ao final do primeiro mês de vida, e aos seis meses). A vacina também é oferecida para pessoas com idades entre 1 e 19 anos e para pessoas de grupos de risco, como os imunodeprimidos, profissionais da área de Saúde e profissionais do sexo.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 1994 foram imunizadas 41.730.214 pessoas contra a doença, cobrindo 91,64% dos menores de um ano e 52,19% das pessoas com idade entre um e 19 anos. As metas para 2003 são a de imunizar cerca de 3,3 milhões de crianças menores de um ano e mais 27 milhões de pessoas com um a 19, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

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