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23 de Dezembro de 2002 (Bibliomed). O Brasil irá doar, durante um ano, medicamentos anti-retrovirais e tecnologia avaliados em US$ 1 milhão para projetos piloto de tratamento dos portadores de HIV e Aids em dez países. No último dia 18, o ministro da Saúde, Barjas Negri, e o Diretor-Geral da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Marco César Meira Naslausky, assinaram com representantes diplomáticos de El Salvador, Colômbia, Moçambique e Paraguai o Memorando de Entendimento, que é o compromisso de que os referidos governos darão continuidade ao tratamento dos pacientes após o término do projeto com o Brasil. Faltam firmar o compromisso os governos da Guiana, República Dominicana, Namíbia, Burundi, Quênia e Burkina Faso.
O “Programa de Cooperação Internacional para Ações de Controle e Prevenção de HIV/Aids para Países em Desenvolvimento” irá atender ao todo mil soropositivos, sendo cem pacientes de cada país. A idéia é beneficiar dez países por ano. Lançado em julho deste ano, durante a Conferência Internacional de Aids, realizada em Barcelona, na Espanha, o programa prevê também a ida de técnicos brasileiros a esses países para colaborar na montagem dos projetos e na definição de critérios para a seleção dos pacientes que serão assistidos. Além disso, haverá a capacitação de recursos humanos em manejo clínico, logística de distribuição de medicamentos e cessão de tecnologia para produção de medicamentos anti-retrovirais.
Atualmente, mais de 90% das 40 milhões de pessoas portadoras de HIV e Aids vivem em países em desenvolvimento. Apenas 250 mil têm acesso gratuito aos medicamentos anti-retrovirais, sendo 115 mil brasileiros. O Ministério da Saúde gasta cerca de R$ 500 milhões por ano com a distribuição gratuita dos anti-retrovirais aos soropositivos do Brasil.
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