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Alimentação de bebê determina desenvolvimento durante a vida

04 de Outubro de 2002 (Bibliomed). O desmame precoce e as práticas inadequadas ou escassas de complementação alimentar são responsáveis pela má nutrição de bebês e crianças, problemas de crescimento e mortalidade infantil. Isso acontece porque alimentos nutricionalmente inadequados e muitas vezes contaminados durante o preparo ou oferta são introduzidos na dieta dos bebês antes da hora.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o leite materno deve ser o único alimento dos bebês nos primeiros 4 a 6 meses de vida. Até mesmo a introdução de água e chás nesse período é injustificada. Depois dessa fase, eles devem começar a receber alimentação complementar, paralelamente à amamentação, que deve continuar até os dois anos de idade ou mais.

O leite materno contém a medida exata e necessária de nutrientes para o bebê, é barato e não corre o risco ser contaminado com bactérias. Ele contém, ainda, linfócitos e imunoglobinas, que ajudam o bebê a combater infecções. A amamentação exclusiva durante os primeiros quatro a seis meses ajuda a prevenir diarréia e as crianças alimentadas com leite materno normalmente dobram de peso nos primeiros seis meses.

Apesar disso, as mães costumam introduzir líquidos e alimentação complementar muito cedo. O Banco de Dados da OMS sobre Amamentação, que atualmente cobre 65% da população mundial com menos de 12 meses em 94 países, indica que apenas 35% desses bebês recebem exclusivamente leite materno até os 4 meses de vida.

No continente americano, a porcentagem de crianças que chegaram a mamar em algum momento é alta em alguns países (Chile: 97% em 1993; Colômbia: 95% em 1995; Equador: 96% em 1994), mas, por outro lado, as taxas de amamentação exclusiva até os quatro meses, ainda que altas se comparadas com outras regiões, são modestas e estão caindo (Bolívia: 59% em 1989 e 53% em 1994; Colômbia: 19% em 1993 e 16% em 1995; República Dominicana: 14% em 1986 e 10% em 1991).

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