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Dificuldade na fala pode ser provocada por problema auditivo

09 de Setembro de 2002 (Bibliomed). Um dos principais problemas que interferem no desenvolvimento da linguagem está relacionado à audição e, se não for diagnosticado e tratado precocemente, pode repercutir em outras áreas, como a escrita, o desenvolvimento escolar e profissional, a vida social e emocional. Por isso, os pais devem ficar atentos a alguns sinais.

Bebês que não reagem a sons fortes, como batida de porta e balançar de chaves, podem ter um problema auditivo. O balbucio que não evolui também pode indicar dificuldade de audição – já que a criança não apresenta retorno auditivo e conseqüentemente não tem aprendizado da fala. Crianças que falam forte demais, que assistem televisão com volume alto ou que não respondem quando são chamadas também merecem atenção.

Indicado até o terceiro mês de vida, o teste da orelhinha, em que emissões otoacústicas detectam problemas auditivos, vem sendo cada vez mais estimulado pelos pediatras. Ele é simples, indolor e produz resposta fidedigna. Bebês prematuros, crianças que ficaram internadas em CTI ou usaram antibióticos por muito tempo devem ser indicadas para uma avaliação. Também os portadores de paralisia cerebral e Síndrome de Down necessitam de atendimento diferenciado.

Mas, se até os cinco anos de idade a criança ainda não for capaz de falar todos os fonemas, o indicado é procurar um fonoaudiólogo. O tratamento deve ser multidisciplinar, e pode envolver psicólogo, pediatra, dentista, otorrinolaringologista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e neurologista. Existem várias linhas de terapia e tratamento, como a que trabalha de forma lúdica a percepção e o conhecimento do corpo, mas para a melhora é preciso também mudança no ambiente das crianças e apoio dos pais, que devem reservar um tempo para estimular a linguagem da criança diariamente e não devem reforçar os erros da fala, troca de letras, nem diminutivos.

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