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08 de Julho de 2002 (Bibliomed). Especialistas aconselham as mulheres que superaram uma leucemia infantil a não esperar muito para engravidar, porque as drogas anticâncer podem ter afetado sua fertilidade. Os avanços nas drogas usadas na quimioterapia têm aumentado as taxas de sobrevivência das crianças com leucemia, mas os médicos estão descobrindo que os remédios podem trazer alguns efeitos a longo prazo. A redução do período reprodutivo é um deles, mesmo em mulheres que aparentemente tenham a função ovariana normal.
Uma equipe da Clínica de Fertilidade da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, estudou 26 mulheres que passaram pelo tratamento contra leucemia infantil e um grupo de controle de 20 mulheres saudáveis. Os cientistas verificaram que as sobreviventes do câncer tinham ciclos menstruais mais curtos, ovários menores e produziam menos folículos e óvulos do que as mulheres saudáveis. Embora ainda não seja possível estimar essa redução sofrida, a clínica já vem alertando as sobreviventes da leucemia infantil para a possibilidade de sua fertilidade ter sido reduzida em função dos tratamentos recebidos na infância. Essas mulheres são aconselhadas a terem seu primeiro filho antes dos 30 anos.
Elisabeth Larsen, médica especialista que participou dos estudos, ressaltou, no entanto, que as sobreviventes da leucemia linfoblástica aguda podem engravidar e ter filhos saudáveis, e que estão fazendo isso. A discussão aconteceu durante o encontro anual da Sociedade Européia de Reprodução e Embriologia Humana (ESHRE), que aconteceu na semana passada em Viena, Áustria. Durante quatro dias, cientistas, médicos e especialistas em fertilidade apresentam e discutem as últimas descobertas e as novas técnicas usadas na medicina reprodutiva.
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