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Droga para evitar contração uterina pode prejudicar bebê em parto prematuro

05 de Julho de 2002 (Bibliomed). Quando ministrado a mulheres em trabalho de parto prematuro, o sulfato de magnésio, droga amplamente utilizada para bloquear as contrações uterinas, pode ser prejudicial aos bebês. Essa é a conclusão de um estudo publicado na edição de junho do American Journal of Obstetrics and Gynecology. Robert Mittendorf, do Centro Médico da Universidade Loyola (Illinois, EUA), acompanhou 149 mulheres em trabalho de parto prematuro, que receberam, ao acaso, sulfato de magnésio, outro tocolítico (inibidor de contrações uterinas) ou uma pílula inativa (placebo).

Ao todo, 165 bebês foram examinados logo após o nascimento e, os sobreviventes, passaram por uma nova avaliação um ano e meio depois. Os bebês cujas mães receberam a droga estavam três vezes mais propensos a ter resultados ruins nos exames. O nível de sulfato de magnésio no sangue umbilical nos 37 bebês que apresentaram resultados negativos foi maior em comparação àqueles que apresentaram um melhor desempenho na avaliação.

A pesquisa apontou, ainda, que os resultados pioraram à medida que a dosagem de sulfato de magnésio dada às mães aumentou. Mesmo quando foram levados em consideração outros fatores que pudessem contribuir para um resultado negativo, como o baixo peso ao nascimento, o sulfato de magnésio continuou sendo um importante fator de risco. Segundo o autor da pesquisa, o sulfato de magnésio foi introduzido na prática obstétrica norte-americana na década de 70 sem ser adequadamente testado em um teste randomizado e controlado, e hoje é o remédio mais usado nos Estados Unidos para bloquear as contrações uterinas. Por outro lado, o médico diz que há forte evidência de que o sulfato de magnésio é seguro e eficaz quando dado a gestantes com pré-eclâmpsia, para impedir convulsões.

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