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29 de Abril de 2002 (Bibliomed). O uso de aminoácidos pode contribuir para a redução da ocorrência de infecções em atletas. Essa é a afirmação de um estudo feito pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). Estudos anteriores mostraram que as pessoas que fazem exercícios físicos mais intensos e demorados parecem estar mais sujeitas às infecções, sobretudo as que afetam a boca, o nariz e a garganta. O estudo da USP, no entanto, revelou que a suplementação com os aminoácidos pode reduzir esse problema. As doenças mais comuns entre os atletas são a gripe, dores de garganta e herpes, além de dores musculares.
O pesquisador Reinaldo Abunasser Bassit, responsável pelo trabalho, acompanhou 47 triatletas brasileiros durante os anos de 1999 e 2000. Um grupo recebeu os aminoácidos e o outro, não. Quem não recebeu se mostrou mais vulnerável ou adquiriu algum tipo de infecção no período anterior ou posterior a alguma competição. O quadro de debilitação se agrava devido a fatores como dieta alimentar ou treinamento inadequado.
Uma das explicações do pesquisador é de que o esforço causa um desequilíbrio no perfil dos aminoácidos, provocando uma resposta menor do sistema de defesa do organismo e facilitando a ocorrência de infecções. O esforço dos atletas leva ao consumo maior de aminoácidos, que não são liberados em quantidades suficientes para a circulação sangüínea. Essa disfunção prejudica o funcionamento do sistema imunológico. Quem pratica exercícios físicos regulares – mas não é atleta – tem um mecanismo protetor do funcionamento do sistema imunológico e, conseqüentemente, é menos susceptível às infecções. O mesmo não ocorre com pessoas sedentárias e com os atletas.
Reinaldo Abunasser Bassit lembra que os resultados dos estudos não são válidos apenas para os atletas, mas para qualquer pessoa que pratique atividades físicas intensas e de longa duração.
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