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Azeite de oliva reduz colesterol

23 de Abril de 2002 (Bibliomed). Um pequeno estudo mostra que uma porção de azeite de oliva do tipo extra virgem pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol, além de aumentar no sangue compostos capazes de prevenir a formação de substâncias capazes de lesar as células do corpo.

Este estudo ajuda a explicar porque pessoas que consomem a chamada Dieta do Mediterrâneo, rica em frutas, vegetais, grãos e óleo de oliva e pobre em gorduras saturadas provenientes das carnes, têm menos problemas de saúde como doenças cardíacas, aumento do colesterol e outras. Estudos anteriores já demonstraram que, em países como Espanha ou Itália, as taxas de doenças cardíacas são menores porque as pessoas consomem mais de um terço de suas calorias diárias através do consumo de gorduras ricas em ácidos graxos monoinsaturados. Estas gorduras são benéficas porque ajudam o corpo a reduzir os níveis de colesterol total e do mau colesterol (LDL).

Segundo os pesquisadores, adultos que consomem 25ml ou aproximadamente duas colheres de sobremesa de azeite de oliva virgem por dia durante uma semana mostraram níveis menores de mau colesterol (colesterol LDL) e níveis mais altos de compostos antioxidantes, particularmente fenóis, no sangue.

A pesquisa foi publicada em uma revista especializada chamada European Journal of Clinical Nutrition, e traz novas pistas que podem auxiliar na prevenção de doenças importantes e potencialmente fatais. Segundo este estudo, o uso mais abundante de azeite de oliva, que não é tão comum em nosso meio, juntamente com outras ações que visem a redução do colesterol – como a perda de peso, prática de exercícios físicos, abandono do tabagismo, redução da ingestão de gordura animal – pode reduzir a chance de apresentar doença do coração e derrame cerebral devido ao aumento do colesterol.

Todos os tipos de azeite de oliva são fonte do tipo de gordura benéfica para a redução do colesterol. O azeite do tipo extra virgem, porém, também contém altos níveis de antioxidantes, que são substâncias capazes de “capturar” substâncias produzidas no corpo e que lesam as células e tecidos. O azeite extra virgem contém altos níveis de fenóis e vitamina E.

A presença de fenóis no vinho tinto e nas cebolas já foi demonstrada como capaz de ajudar a controlar o colesterol, mas ainda existem poucas informações a respeito do papel dos antioxidantes presentes no óleo de oliva sobre o colesterol.

No estudo, 16 voluntários foram instruídos a evitar o consumo de alimentos ricos em fenóis – café, chá, vinho e vegetais – por 4 dias. No quinto dia os adultos consumiram 50ml de azeite de oliva virgem, puro ou com pão. Os indivíduos continuaram sem ingerir fenóis por mais 24 horas, e então reiniciaram sua dieta habitual, incluindo 25ml de azeite por dia, durante uma semana. Os voluntários também foram instruídos a evitar alimentos gordurosos como margarina, manteiga, óleo de cozinha, nozes, frituras e ovos.

Amostras de sangue colhidas antes e durante o estudo revelaram níveis mais altos de antioxidantes no sangue após uma semana, além de aumento nos níveis dos tipos de gordura benéficos ao corpo.

Segundo os pesquisadores, a simples adição de 25 ml de azeite de oliva por dia na dieta poderia apresentar efeitos benéficos consideráveis à saúde, sem desconsiderar os outros fatores capazes de diminuir o risco de doença cardíaca.

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