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Oncologistas vêm a BH discutir custos de tratamento contra o câncer

11 de Abril de 2002 (Bibliomed). A partir da próxima quarta-feira, oncologistas de todo o País se reúnem em Belo Horizonte, durante o IV Simpósio Mineiro de Oncologia Clínica, para debater os custos dos tratamentos de pacientes com câncer. Esta área da saúde é conhecida pelos especialistas como “farmacoeconomia em oncologia” e é responsável por gastos superiores a US$ 2 trilhões por ano em todo o mundo. Só no Brasil o custo anual com internações e medicamentos chega a US$ 50 milhões.

“Os oncologistas sofrem grande pressão do governo, que arca com 80% do tratamento e dos convênios de saúde, para que esses custos sejam reduzidos. Além disso, as autoridades reguladoras exigem de médicos e empresas farmacêuticas uma análise econômica dos medicamentos”, afirma o oncologista Sebastião Cabral, coordenador do Simpósio. Ele explica que o câncer exige um tratamento de custo elevado por ser uma doença de alta complexidade.

O principal desafio dos participantes do Simpósio é discutir como reduzir gastos, sem comprometer a qualidade do tratamento contra o câncer. Os oncologistas vão analisar diferentes técnicas usadas para avaliações de custo/benefício, levando em consideração os resultados, a qualidade de vida do paciente e o custo financeiro. “Após o Simpósio, esperamos que os oncologistas estejam melhor preparados para as discussões sobre o tema”, diz Cabral.

O IV Simpósio Mineiro de Oncologia Clínica é uma iniciativa do Centro de Estudos e Pesquisas Oncológicas de Minas Gerais (CEO-MG) e da Sociedade Mineira de Cancerologia. Informações e inscrições via internet, no endereço www.ceomg.br, ou pelo telefone (31) 3273-1121.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil, responsável por 10% dos óbitos. Em 1994, último levantamento, matou cerca de 89 mil pessoas, a maioria homens que vivem nas regiões Sul e Sudeste do País.