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Pesquisa revela índice de infecção por HIV entre as prostitutas

Belo Horizonte, 20 de Março de 2002 (Bibliomed). Um estudo do Ministério da Saúde pesquisou cerca de 3 mil prostitutas que atuam no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

Os resultados do trabalho revelaram que 6% das profissionais do sexo estão infectadas com o vírus HIV. A contaminação é maior na região Sul, onde o índice é superior a 10%. No Sudeste, o índice é de 8,2% e no Nordeste é de 2,25%. A pesquisa teve início em outubro de 2000 e foi concluída em fevereiro de 2001. O objetivo do Ministério da Saúde é desenvolver políticas públicas específicas para as prostitutas.

A Rede Nacional de Profissionais do Sexo afirma que, apesar dos índices de infecção, o Brasil ainda tem uma taxa menor de prostitutas com Aids em comparação com a Tailândia, o Canadá e a China. A Rede não acredita que os resultados do estudo vão prejudicar as prostitutas, caracterizando-as como potenciais transmissoras de doenças. A pesquisa do Ministério revelou ainda que grande parte das profissionais do sexo não faz o exame preventivo do câncer.

As políticas de combate à Aids no País foram alvo de elogios na semana passada, quando esteve no Brasil um representante do Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids). O membro do Unaids afirmou que o exemplo brasileiro serve para o resto do mundo. O Brasil tem, hoje, cerca de 600 mil casos de infecção pelo HIV. Os resultados do trabalho preventivo, no entanto, são positivos: o país chegou ao ano 2000 com menos da metade dos casos estimados pelo Banco Mundial há alguns anos.

A previsão era de que o Brasil teria 1,2 milhão de infectados. A queda da mortalidade foi outro avanço registrado, desde o início da distribuição gratuita dos anti-retrovirais a partir da década de 90. Atualmente, 113 mil doentes recebem o coquetel. Há 424 unidades de distribuição e ONGs envolvidas no processo. O Brasil também produz oito anti-retrovirais não protegidos por patentes.

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