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Fumar durante e após a gravidez causa otite no bebê

Belo Horizonte, 01 de Março de 2002 (Bibliomed). Filhos de mães que fumaram durante e após a gravidez têm mais otite do que filhos de mães que não fumam, segundo pesquisas recentes.

Esta é mais um dos múltiplos motivos para se deixar de fumar pelo menos durante a gravidez. A exposição às substâncias químicas do cigarro dentro do útero traz vários problemas à saúde do bebê, e cada vez mais se descobre um novo dano potencial.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que crianças cujos pais fumam estão sob risco maior de desenvolver infecções de ouvido. Ainda não estava claro se isto era devido à exposição antes ou após o nascimento, e pesquisadores verificaram desta vez a influência do tabagismo materno durante a gestação sobre este risco.

Os pesquisadores encontraram que o risco de sofrer uma infecção do ouvido não foi aumentado pela exposição ao cigarro apenas após o nascimento, mas pela exposição intra-útero e pela combinação da exposição dentro e fora do útero. Parece que a combinação das duas formas de exposição aumenta o risco por prejudicarem o sistema imunológico da criança, que se torna mais frágil ao ataque de bactérias e vírus que causam infecções.

Ainda não há uma resposta definitiva sobre este assunto, mas o levantamento destas questões é extremamente importante para se conscientizar as mães sobre o risco a que estão expondo seus filhos ao fumarem tanto durante a gestação quanto depois. Cada vez mais estão sendo levantadas questões a respeito, mas o efeito disto sobre este hábito materno ainda é muito pequeno. A maior parte das mães ainda não deixa de fumar durante a gravidez, e se o fazem retornam ao hábito após dar à luz. As evidências crescentes sobre os malefícios do cigarro devem estimular cada vez mais o abandono deste vício, tanto por sua relação com a saúde das crianças quanto pela relação com a saúde dos próprios adultos.

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