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Você tem certeza de que está limpando bem suas lentes de contato?

Belo Horizonte, 06 de Fevereiro de 2002 (Bibliomed). É possível que, apesar de todos os seus cuidados, suas lentes não estejam sendo adequadamente limpas, e a culpa pode não ser sua. Estudo mostra que tipos usuais de soluções de limpeza podem não eliminar todos os microorganismos capazes de produzir graves doenças oculares.

Existem vários tipos de soluções de limpeza próprias para lentes de contato. Os pesquisadores examinaram três tipos principais de soluções e apresentaram suas conclusões na revista British Journal of Ophthalmology. Dois tipos estudados não conseguiram exterminar todos os microorganismos, inclusive uma espécie de ameba que infecta os olhos e pode causar ceratite.

A eliminação pode ser ainda mais complicada se o germe estiver na forma de cisto – uma forma de defesa do microorganismo que o protege e mantém vivo se o ambiente se tornar hostil. Quando o ambiente volta a ser favorável, o microorganismo sai do cisto e volta à sua forma vegetativa.

Um terceiro tipo de solução, porém – o produto que utiliza o peróxido de hidrogênio em duas etapas – conseguiu extinguir praticamente todas as ocorrências de Acantamoeba, em forma de cisto ou forma vegetativa, após uma lavagem de 8 horas.

Outra ação que parece importante, além de utilizar soluções de limpeza de boa qualidade e com mecanismo de ação que funcione, é a troca das caixinhas das lentes de contato. Segundo o estudo, estas caixinhas podem servir de “hotel” para estes microorganismos, que vão parar nos olhos e causam problemas importantes.

Sua troca, por exemplo a cada 4 semanas, poderia prevenir a colonização das caixinhas pelos germes, protegendo ainda mais seus olhos e suas lentes de contato. Entre as trocas é recomendável ferver ou levar ao microondas as caixinhas de lentes – sem as lentes – para destruição dos germes que porventura possam a estar colonizando.

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