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Anvisa apreende produtos de empresa de fitoterápicos

Belo Horizonte, 31 de janeiro de 2002 (Bibliomed). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão, em todo o Brasil, dos medicamentos Centella Asiática, Composto Calmante Sedativo, Composto Emagrecedor, Emagrevit e Extrato de Alcachofra. Os produtos são fabricados pelo laboratório Viternat Labs Ltda, uma empresa de fitoterápicos com situação irregular. A apreensão dos produtos deverá ser imediata e foi decretada pela Resolução 144, publicada no último dia 29, no Diário Oficial da União.

A apreensão faz parte das ações da Anvisa no combate à comercialização de medicamentos fitoterápicos de forma irregular. Outros 16 laboratórios, além da Viternat, estão sob investigação do órgão.

A empresa, que fica na capital paulista, comercializava os cinco fitoterápicos sem registro e será investigada por suspeita de fraude na fabricação de produtos naturais. Além da falta de registro dos medicamentos, o laboratório também veiculava publicidade dos produtos em sua página na internet. Como não existe autorização para a venda dos remédios, a Agência não conhece a eficácia e segurança atribuída a eles.

O Centella Asiática, por exemplo, era comercializado com indicação para o tratamento da celulite, eczemas e infecções cutâneas de natureza circulatória, como varizes. Já o Composto Calmante Sedativo, segundo informações do fabricante, combate a insônia, a ansiedade, a dor de cabeça e os distúrbios gástricos de origem nervosa, entre outros benefícios. O produto é feito à base de maracujá, melissa e valeriana.

Além dos fitoterápicos, a Anvisa também determinou a suspensão da comercialização do lote nº 340A1001, da Imunoglobulina Humana 500 mg/10 ml, importada pela empresa Blaüsiegel Indústria e Comércio Ltda. Suspeita-se de contaminação no produto pelo vírus da hepatite B.

A suspeita surgiu depois da realização de teste sorológico em um paciente que recebeu a imunoglobulina no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. No exame foi constatada a presença do vírus. A Anvisa estabeleceu o recolhimento em todo o território nacional e encaminhou amostras para análise no Instituto de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). A importadora foi notificada e a Anvisa solicitou o mapeamento da distribuição do produto.

Outro produto retirado do mercado foi a Água Sanitária Dragão, fabricada pela empresa Interlândia Ltda. De acordo com análise do Laboratório Central do Rio Grande do Norte, o produto está com o teor de cloro ativo de apenas 1,6% p/p (peso por peso), abaixo dos padrões determinados.

A substância é o princípio ativo das soluções aquosas à base de hipoclorito de sódio ou cálcio e deve manter entre 2,0 e 2,4 % p/p. Além disso, a embalagem de água sanitária é menos opaca do que está estabelecido, o que pode alterar a propriedade do produto.

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