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Belo Horizonte, 29 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). Uma pesquisa feita pela Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, revelou que a vida social pode reduzir as chances de que os idosos desenvolvam o Mal de Alzheimer. Segundo os pesquisadores, atividades recreativas, visitas a amigos, leitura de livros, filmes e caminhadas diminuem em 38% as chances de ocorrência da doença.
Os especialistas acreditam que a atividade diária estimule o cérebro. Este não foi o primeiro trabalho que tratou do tema. Outras pesquisas em todo o mundo já sugeriram que o exercício físico e mental previne o Mal de Alzheimer. Nos trabalhos anteriores, os especialistas descobriram que o risco de desenvolvimento da doença é menor em pessoas com altos níveis de escolaridade ou com empregos que exigem o uso constante do raciocínio.
A diferença das pesquisas mais antigas em relação ao novo trabalho, divulgado pela Universidade de Columbia na revista da Academia Americana de Neurologia, é que a atividade precisa ser contínua. Ou seja, o risco de aparecimento da doença é menor, independentemente da classe social ou da escolaridade do idoso, desde que a atividade seja freqüente.
Para esta pesquisa, os especialistas de Columbia acompanharam durante sete anos cerca de 1,7 mil idosos saudáveis, com idades acima de 65 anos, de grupos étnicos variados, profissões e grau de escolaridade diversos. Os especialistas verificaram a periodicidade das atividades de lazer, divididas em intelectuais, físicas ou sociais.
A pesquisa avaliou os idosos que desenvolveram o Mal com os pesquisados que se mantiveram saudáveis, e chegaram à conclusão de que os indivíduos mais ativos apresentaram chances menores de desenvolver a doença. Para avaliar as condições, os idosos passaram por testes de memória, linguagem e raciocínio abstrato. Outro ponto ressaltado pelos pesquisadores foi o de que as atividades intelectuais se mostraram mais benéficas para os idosos do que os exercícios físicos e sociais praticados.
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