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Saúde dos ossos de mulheres brasileiras é preocupante

Belo Horizonte, 13 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Uma pesquisa inédita feita com 32 mil brasileiras com mais de 45 anos, demonstrou que 13,3% delas apresentam fragilidade óssea, o que pode aumentar o risco de que elas sejam vítimas de fraturas. A pesquisa aconteceu em nove estados brasileiros e vai servir de parâmetro para uma avaliação da osteoporose no País, uma doença que se tornou uma das maiores preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pesquisa foi feita com a colaboração da Sociedade Brasileira de Osteoporose, Sociedade Brasileira do Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral, Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea e Programa Nacional de Educação e Controle das Doenças Reumáticas. Durante o estudo, as mulheres interessadas se submeteram à ultrassonometria de calcâneo. O exame é usado para avaliar a possibilidade da mulher apresentar a osteoporose.

Segundo a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, uma das integrantes da equipe que organizou a pesquisa, os dados brasileiros são preocupantes. Ela explicou que foram entrevistadas pessoas ativas e que muitas delas sequer haviam entrado na menopausa. Os dados coletados servem para fazer uma estimativa. A médica acredita que a osteoporose deva atingir cerca de 20% das mulheres que já passaram pela menopausa.

De acordo com os cálculos realizados pelos pesquisadores, cerca de dois milhões de pessoas com mais de 45 anos apresentam fragilidade óssea e 200 mil podem morrer vítimas da doença.

A osteoporose é uma doença progressiva que afeta mulheres principalmente depois da menopausa e se caracteriza pela diminuição de massa óssea. No corpo de quem sofre o problema, os maiores alvos de fraturas são os punhos, em estágios intermediários, as costelas e o fêmur.

A médica alerta que todos esses problemas poderiam ser evitados com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, o que não ocorre no Brasil. Exercícios físicos e a ingestão diária de cálcio podem ajudar a prevenir o problema.

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